Marisol Marini é graduada em Ciências Sociais, mestra e doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP). É pesquisadora vinculada ao NUMAS (Núcleo de Estudos sobre Marcadores Sociais da Diferença), ao LAPOD (Laboratório Pós-Disciplinar de Estudos), ambos sediados na USP, e também ao GEICT (Grupo de Estudos Interdisciplinares em Ciência e Tecnologia), da UNICAMP. Foi pesquisadora visitante na Universidade de Maastricht, na Holanda, e integrou o grupo de pesquisa Mind the Body, entre 2015 e 2016. Atua nos seguintes temas: corpo, antropologia da ciência e tecnologia, biomedicina, órgãos artificiais, ciência e tecnologia experimental, inteligência artificial, transtornos alimentares, gênero e marcadores sociais da diferença.

Em suas práticas de pesquisa há o interesse de esgarçar os limites entre arte, antropologia, ciência e tecnologia, tendo o corpo como o cerne das investigações. Em diálogo com teorias sociais que buscam problematizar as fronteiras entre natureza e cultura, natural e artificial, corpo e mente, material e cognitivo, humano e não-humano, seu intuito é iluminar as instabilidades ontológicas e modos de estar no mundo na contemporaneidade.

Artigos:

Instituições corporificadas: as diferentes experiências de duas pacientes com transtornos alimentares. Vivência: Revista de Antropologia, v. 1, p. 65-84, 2013.

Você poderá vomitar até o infinito, mas não conseguirá retirar sua mãe de seu interior: psicanálise, sujeito e transtornos alimentares. Cadernos Pagu (UNICAMP), v. 46, p. 373-409, 2016.

Relações entre humanos e não-humanos na produção de corações artificiais: o que produzem os testes in vivo com porcos? REIA – Revista de Estudos e Investigações Antropológicas, v. 1, p. 78-103, 2016.

Corpos Biônicos e Órgãos Intercambiáveis – As práticas científicas e a produção de saberes sobre corações não-humanos. Tese de doutorado em Antropologia Social. Universidade de São Paulo, 2018.

BETTI, M,; MARINI, M.; LOPES, P. Os pesos da saúde e da beleza: experiências que desafiam as categorias médicas de corpo ideal. In: Marcadores Sociais da Diferença – Gênero, sexualidade, raça e classe em perspectiva antropológica. Org: Gustavo Santa Roza Saggese, G. S. R.; Marini, M.; Lorenzo, R. A.; Simões, J. A.; Cancela, C. D. Editora Terceiro Nome, 2018.

BAILÃO, A.S.; MARRAS, S. A.; OLIVEIRA, J. C.; MARINI, M.; TADDEI, R.; PINHEIRO.J. Entreviver – desafios cosmopolíticos contemporâneos. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, v. 69, p. 13-22, 2018.

Guilherme Wanke é quadrinista, designer gráfico e artista visual, busca borrar os limites de suas áreas de atuação, trazendo para pintura elementos das histórias em quadrinhos assim como descobertas do esfregar da tinta na  tela ressoam no design gráfico e HQs. Tem investidas nas artes visuais e animação, sendo uma constante a experimentação e a investigação do suporte. Teve dois trabalhos de narrativas visuais selecionados para publicação, na feira Desgrafica de 2017, no Museu de Imagem e Som (Sonho médio) e do concurso da Editora Lamparina Luminosa 2018 (Eclipse autofágico induzido).